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Base Nacional Comum Curricular: adequações necessárias para 2020

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento criado para regulamentar aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras. Nele, é possível encontrar orientações para os currículos acadêmicos, influências para a formação de educadores, indicações para a produção de materiais didáticos e matrizes de avaliações.

 

Aqui, no nosso blog, já detalhamos o que é e como a BNCC está relacionada aos currículos estaduais e municipais. Agora, é hora de entender quais serão as adequações necessárias para 2020, definidas, por lei, em 2017. Confira:

 

Principais mudanças na Base Nacional Comum Curricular

Novo ensino médio:

A Lei nº 13.415/2017 estabeleceu uma mudança estrutural no ensino médio. A nova organização curricular, contemplando a BNCC, é mais flexível e dá possibilidades de escolhas aos estudantes. Além disso, possui foco nas formações técnica e profissional. Para isso, o novo modelo propõe que o aluno possa incluir o técnico dentro das horas do ensino regular.

 

O objetivo, como apresentado pela Base Nacional Comum Curricular, é garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros. A legislação educacional considera, ainda, aproximar as escolas da realidade dos estudantes. Consequentemente, leva em consideração as demandas do mercado de trabalho.

 

Carga horária:

Gradativamente, todas as escolas com ensino médio devem passar para tempo integral. O horário, assim, foi ampliado para 1.400 horas anuais, podendo ser estendido até 1.800 com os itinerários formativos. O conjunto reúne disciplinas, projetos, oficinas e outras atividades que serão propostas pela escola e estarão disponíveis para a escolha do aluno.

É importante lembrar que cada instituição de ensino tem autonomia para definir quais itinerários formativos irá disponibilizar. Eles podem aprofundar uma área de conhecimento e da formação técnica ou, mesmo, reunir mais domínios.

 

Obrigatoriedade da língua inglesa:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que regulariza a organização da educação no Brasil, anteriormente, não considerava a língua inglesa como estudo obrigatório. A partir da mudança na BNCC, o inglês torna-se indispensável desde o 6º ano do ensino fundamental até o ensino médio. As escolas podem, também, ofertar outras línguas estrangeiras. A preferência é pelo espanhol.

 

Atuação de profissionais com notório saber:

A LDB, em Art. 61, permite que profissionais com notório saber ministrem conteúdos exclusivamente de disciplinas da parte técnica e profissionalizante do currículo escolar. Isso significa que, por exemplo, um engenheiro estará apto para dar aulas sobre edificações, sem precisar do diploma de licenciatura. Para isso, os sistemas de ensino precisam reconhecer estes especialistas.

 

 

Reelaboração de currículos

As redes municipais, estaduais e privadas são responsáveis pela revisão de seus currículos, usando a BNCC como eixo comum para elaborar as mudanças necessárias. Como dito sobre os itinerários formativos, as instituições não perdem autonomia e são livres para continuar garantindo suas multiplicidades na construção do ensino. Logo, devem considerar a própria realidade e as particularidades da região em que estão inseridas.

 

Finalmente, conhecendo as alterações, é hora de aplicá-las! Dúvidas? Fale com um especialista e saiba como o CIGEP pode ajudar e impulsionar sua gestão na adequação à Base Nacional Comum Curricular.